domingo, 3 de fevereiro de 2013

O natural não é ser feio.

Como você é de verdade? O que se define por "ser você mesmo?"
Fala-se muito em aceitar-se como és. Um exemplo um tanto clichê seria: uma menina que tem acne e se sente feia por isso, quer um tratamento e conta pros seus amigos seu objetivo. Porém ela ouve "você deve ser aceitar COMO VOCÊ É", mas... ela não é a menina com acne, a acne está nela por um tempo indeterminado e não faz parte dela.
Uma pessoa com olheiras não é assim. Ela apenas está assim. Se é pra sempre ou não é outra coisa.

Eu não estou dizendo que as pessoas devem buscar a perfeição incontrolavelmente. Mas que busquem se sentir felizes. Se em vez de mudar algo em si, conseguir fazer com que algo que te incomoda não incomode mais, melhor ainda!

O ponto que quero chegar é que geralmente se pensa que o natural é ser feio, com as olheiras e tudo. Mas eu não concordo. As olheiras, as manchas de sol, as espinhas, os dentes tortos...nada disso faz parte de nós naturalmente, digo da mesma forma que o coração faz parte do ser humano, por exemplo. Essas coisas são adquiridas e podem ser evitadas ou tratadas ou então amenizadas.

Por exemplo quando você passa uma base no rosto sempre vem alguém dizer que você não está parecendo você, não é? Mas você apenas não está parecendo com o que essa pessoa costuma ver de você. Na verdade você está como se fosse natural, sem os problemas adquiridos. Não confundam base com o master make! Você não nasceu com olheiras mas também não nasceu de delineador. o.o

Tem uma grande diferença entre ser e estar. Se na sua mente você acaba imaginando roupas com as quais se identificaria mais do que com as que você usa atualmente então você não é o que anda usando. Seus pensamentos, ideias e sentimentos são mais importantes pra determinar o seu eu.
Daí se você se vestir de forma inusitada e alguém disser algo como "por trás disso é que você é você de verdade, isso é tudo máscara" eu apenas pensaria que essa pessoa nem um "eu" definido tem, alienada que julga como todos julgam e como todos a ensinaram.

Divagações

A vontade de alcançar algo como a Perfeição é muito instigante. Ser uma pessoa ao máximo. Fazer o máximo em casa coisa que for executada, em cada plano, em casa ato minúsculo. Querer ser o meu melhor a cada dia. Me esforçar. Se eu posso fazer algo hoje não deixarei para amanhã, se posso fazer duas coisas ao mesmo tempo eu farei! Conhecer tudo que eu puder. Ler a respeito dos mais variados assuntos. Assistir aos mais estranhos e desconhecidos filmes. Falar quantas línguas couberem em meu cérebro. Dançar quaisquer tipos de dança, tocar os instrumentos e fazer música com prazer. Conhecer o máximo de lugares possíveis. Ajudar ao máximo as pessoas. Ser o mais saudável que eu puder. Dar o meu melhor em tudo, enfim.

Mas por outro lado se conformar é muito mais fácil e aliviante. O aconchego do comodismo também é instigante. Afinal temos um propósito pra estar aqui? Poderia aprender alemão, mas em vez disso posso descansar. Dormir é bom. Poderia iniciar uma atividade física, mas comer é mais prazeroso. Poderia traduzir e entender aquela música boa, mas só a melodia já me satisfaz. Serei pior se não me empenhar ao máximo? A vida de um gato doméstico é muito confortante. Ele não se esforça o mínimo para ser adorado, admirado e reconhecido, além de receber alimentação e carinho. Mas e nós humanos? Não há quem nos provenha. O dinheiro talvez... Mas nem todos os gatos estão na boa vida...
Boa vida? Será mesmo?

Então qual você escolhe?